





Um homem de 54 anos foi preso na manhã desta segunda-feira (29) por crimes de violência doméstica contra a companheira, uma advogada de 48 anos, no bairro Toca do Lobo, em Piraí. A mulher vivia com o agressor há cerca de três anos, segundo a polícia em condições análogas a cárcere. A prisão foi uma operação conjunta entre policiais civis de Piraí e policiais militares da Patrulha Maria da Penha.
“Recebemos a ligação da vítima que, num momento de descuido do agressor, conseguiu pedir ajuda. A partir dessa denúncia, a operação conjunta foi acionada de imediato, demonstrando a importância de agirmos com rapidez nos casos de violência doméstica”, afirmou o delegado Antonio Furtado.
A mulher relatou à polícia viver sob constantes ameaças de morte e de ser mantida reclusa na residência onde moravam, desde outubro. Para sair de casa para compromissos essenciais, era sempre sob vigilância do companheiro. “A advogada era intimidada com gritos em que o companheiro dizia que ‘quebraria todos os dentes dela’ e que ‘estouraria sua cabeça’ de tanto bater na parede. Em várias oportunidades, ela foi agredida fisicamente no pescoço e nos braços. As marcas roxas observadas no corpo da vítima confirmam a violência física que ela sofreu”, acrescentou o delegado.
Para Furtado, não se trata apenas de um conflito doméstico: “O agressor praticava verdadeiros atos de tortura física e psicológica para manter a vítima sob seu controle. O homem a acompanhava em idas ao supermercado, à farmácia e a bancos, onde ela foi obrigada a penhorar joias da família, resultando em prejuízo financeiro superior a R$ 20 mil”.
Investigações da polícia apuraram que o suspeito já havia sido preso em 2023 por lesão corporal e por ameaçá-la com uma faca, além de outros registros antigos envolvendo ameaças, xingamentos e porte de drogas. “Determinei a prisão em flagrante pelos crimes de cárcere privado, perseguição e violência psicológica, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de reclusão. O agressor também responderá a inquérito policial por extorsão, apropriação indébita do veículo da vítima e desvio de dinheiro da conta corrente, controlada por ele através de aplicativo no próprio celular”. (Foto: Polícia Civil)