Antônio Ailton da Silva, assassino da motorista de aplicativo Ana Rosa Rodolfo de Queiroz Brandão, morta a facadas durante um assalto na tarde de quarta-feira (26), se apresentava como pastor da igreja Assembleia de Deus Vida e Paz, em Valparaíso de Goiás, entorno do Distrito Federal (DF). O homicídio aconteceu em Cruzeiro, a oito quilômetros do DF e, após o crime, ele fugiu à pé, mas acabou preso nas proximidades da rodoviária. Antes, no entanto, ele já estava sendo procurado pela polícia desde a noite anterior, quando tentou matar a ex-mulher, também pastora, e a amiga dela, no Recanto das Esmas.
Ana Rosa, segundo informações, aceitou uma corrida informal para levar o suspeito até Valparaíso, cidade onde ela também residia, e o valor combinado seria o de R$ 35, no entanto, na proximidades da Rodoviária do Plano Piloto, Antônio anunciou o assalto e esfaqueou a vítima, fazendo com que ela perdesse o controle da direção. Durante a fuga, populares gritaram para um soldado do Exército para capturar o homem, que havia acabado de cometer o crime. Ele passou a ser perseguido pelo sargento e reagiu à ordem de parada, tentando golpeá-lo também com a faca. No entanto, o militar reagiu atirando contra o chão, fazendo com que o homem corresse em direção ao Sudoeste. Porém, ele acabou sendo rendido por populares e preso.
A ex-mulher de Ailton, em depoimento na delegacia, disse que acredita que Antônio tenha falsificado documentos para ser nomeado pastor, justamente no intuito de se aproximar dela, que também é pastora, e convencê-la a se casar. De perfil violento, ele não teria aceitado o fim da relação com a pastora, ocorrido dois dias antes dele tentar assassiná-la, junto com a amiga. Ele fugiu e só foi preso em flagrante após tirar a vida da motorista de aplicativo.