



O número de pessoas atendidas no Hospital São João Batista, em Volta Redonda, vítimas de acidentes com motos, de janeiro a outubro deste ano já supera o total de todo o ano de 2024: foram 1.012 atendimentos nos primeiros 10 meses deste ano, contra 1.007 ao longo do ano passado.
No comparativo mês a mês, o levantamento – que não aponta vítimas fatais – mostra que julho deste ano foi o período com o maior percentual de aumento: 96,2%. Foram 104 atendimentos em 2025, ante 53 em junho de 2024.
Ainda de acordo com os dados do HSJB, nos quatro primeiros meses deste segundo semestre, em três o número de atendimentos passou de uma centena: 104 em julho; 168 em setembro e 140 em outubro.
“Além da principal consequência, que é o prejuízo à saúde dessas pessoas, os acidentes provocam uma maior mobilização no hospital. Além da equipe de enfermagem, esse paciente passará por exame de tomografia, raio-X; em casos mais graves necessita de atendimento em sala de emergência, inclusive gerando um excesso de cirurgias. Também acontece de muitos permanecerem na unidade, causando superlotação”, analisa o diretor-geral do HSJB, o também vice-prefeito Sebastião Faria.
Segundo dados do Atlas da Violência 2025, as motos estão envolvidas em 38% dos acidentes fatais no trânsito. Em Volta Redonda, a prefeitura tem tentando reduzir os números, mas o desafio é enorme. Na cidade, já foi criado um ponto de apoio para motoboys e foi deflagrada uma campanha com vistas a tentar conscientizar os motociclistas para a direção defensiva. Além disso, vêm sendo feitas ações de repressão a motocicletas circulando em condições irregulares.
Através da Semop (Secretaria Municipal de Ordem Pública), motociclistas – desde que habilitados – podem participar de um curso de pilotagem segura. A procura, no entanto, sempre esteve bem abaixo do esperado. (Foto: Divulgação)