A Polícia Civil prendeu na tarde desta segunda-feira (14), o empregado de uma empresa de ônibus que mora em Paraíba do Sul. De madrugada, ele alegou que havia sido assaltado quando estava a caminho de casa e que os bandidos haviam roubado dele um malote com dinheiro da empresa e sua carteira com documentos e também com dinheiro. Ele foi autuado por falsa comunicação de crime e apropriação indébita.
A prisão ocorreu quando o empregado, que é motorista, compareceu à delegacia para depor, acompanhado de um advogado da empresa. Com imagens de câmeras de segurança, os investigadores concluíram que o assalto não aconteceu. Pressionado, ele acabou confessando não ter havido assalto, tentando ficar com o dinheiro da empresa por estar endividado.
Na casa dele, os policiais encontraram o malote da empresa de ônibus com cerca de R$ 2,3 mil em notas e moedas, além de 28 talões de passagens.
O crime que não ocorreu – No início da madrugada desta segunda, policiais militares foram acionados para averiguar um roubo ocorrido na Estrada da Barrinha, no bairro Vila Nicolau Melick. Eles encontraram o motorista, de 41 anos, no chão.
Ele alegou que estava a caminho de casa em sua moto quando dois homens – um armado com um revólver e outro, com uma faca, o derrubaram. Disse ainda que tentou correr, mas não conseguiu, com dores no tornozelo. Além da PM, ele ligou para o Samu, que o conduziu ao Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios.
Aos policiais, o motorista ainda afirmou que teria sido atacado pelo homem que portava a faca, rasgando sua blusa e sua camisa. Disse ainda que os supostos criminosos tinham fugido em outra motocicleta, levando uma bolsa com o malote da empresa e sua carteira com documentos e cerca de R$ 400.
As investigações demonstraram, segundo a polícia, que o motorista saiu do trabalho em Três Rios, levou o dinheiro da empresa para casa, rasgou seu uniforme com uma faca para simular a tentativa de agressão e depois seguiu de moto até a Estrada da Barrinha, onde se acidentou sozinho – provavelmente por nervosismo. (Foto: Arquivo)