As queixas dos usuários do estacionamento rotativo em Volta Redonda, operado pela VR Parking, viraram tema de debates na Câmara Municipal. O vereador Sidney Dinho está elaborando um projeto de lei para, segundo ele, revogar a legislação que instituiu o sistema na cidade. Na sessão da noite da terça-feira (17), ele anunciou que deverá apresentar o texto para apreciação dos colegas na próxima semana. As reclamações, de acordo com parlamentares, são muitas. Uma das mais constantes é o desrespeito a direitos de públicos específicos, como portadores de deficiência e idosos. Até casos de pessoas que pagaram pelo uso de vagas e foram multadas mesmo assim já foram relatados aos parlamentares.
“Me propus a apresentar um projeto de lei para revogar a legislação que instituiu o VR Parking em Volta Redonda. Vou tentar fazer a votação em urgência e preferência”, disse Dinho. Renan Cury é outro que faz críticas ao sistema, na sua avaliação mal divulgado pela própria operadora. “Pouca gente sabe que existe o aplicativo Digipare. A empresa fatura e não investe em divulgação para as pessoas acessarem o aplicativo e colocarem os créditos”, criticou.
De acordo com o vereador, muitas pessoas são multadas por não encontrarem um funcionário para comprar o crédito ou se depararem com parquímetros com defeito. “Ao invés de pagarem a fração da hora estacionada, pagam R$ 12,50. Se não há interesse da empresa em mostrar formas do usuário pagar, fica a dúvida: será que o interesse é multar? Parece que sim”, acrescentou.
Renan disse ter sido um dos que receberam queixas de usuários que sequer receberam a notificação da empresa, só descobriram que foram multados quando chegou a notificação do Detran, da autuação em R$ 130. “Em alguns casos, de acordo com usuários, houve multa mesmo pagando o VR Parking”, frisou. O rotativo é operado pela VR Parking na cidade desde o início de 2020. O sistema foi implantado nos principais bairros, como Vila Santa Cecília, Aterrado, Centro e Retiro, entre outros. São cerca de 5,3 mil vagas.
O uso de parquímetros, no entanto, só foi ampliado no ano passado, justamente em razão das reclamações pela dificuldade de encontrar um monitor da operadora e desconhecimento do aplicativo. Segundo a própria prefeitura, atualmente seriam 47 máquinas para atender em toda a cidade. (Foto: Arquivo)