O deputado estadual Marcelo Cabeleireiro (DC) está estudando a formatação de um projeto para, na prática, legalizar o Colégio Militar de Volta Redonda. A informação foi dada pelo parlamentar ao jornal FOCO REGIONAL, na manhã desta quinta-feira (4). Ele explicou que a finalidade é buscar uma forma de deixar o colégio verdadeiramente constituído, acabando com a dependência, por exemplo, de todos os anos a instituição ficar na dependência da publicação de um decreto cedendo professores. Este ano, os 60 alunos aprovados no processo seletivo 2021 ainda não iniciaram as aulas porque, até agora, o decreto de cessão dos professores não fui publicado. O colégio precisa de seis profissionais para dar início às aulas. “A ideia é fazer um projeto de lei para que o colégio seja realmente constituído. Hoje isso não existe”, disse Marcelo.
Instituído no início da gestão de Wilson Witzel à frente do governo do estado, o projeto dos colégios militares foi feito a partir de convênios firmado com o Corpo de Bombeiros, a quem cabe a administração, e as prefeituras (de Volta Redonda e Paracambi), responsáveis pela merenda dos alunos. Apesar disso, lembra o deputado, mesmo após dois anos da inauguração dos colégios, que em Volta Redonda funciona no Ciep do bairro Açude I, o convênio com a prefeitura não foi homologado, embora no governo de Samuca Silva a merenda tenha sido fornecida. “E deve continuar sendo na gestão do [Antonio Francisco] Neto, que tem todo o interesse na continuidade do colégio”, salientou o deputado estadual.
Logo após o risco de fechamento do colégio vir a público, Marcelo Cabeleireiro passou a atuar junto ao governo do estado e a Secretaria estadual de Educação para a continuidade do projeto. O secretário Comte Bitencourt, lembrou ele, já afirmou que o colégio não será fechado. No entanto, até agora, não houve a cessão dos professores necessários para os alunos selecionados para o primeiro ano em 2021.
Entre pais de alunos e professores há convicção de que o projeto foi abandonado pelo governador em exercício, Claudio Castro, após o afastamento de Witzel do cargo. Tanto que outras unidades previstas para o estado, como em Barra Mansa – onde a ideia era instalar a escola na Região Leste ou na Colônia Santo Antônio – não foram implantadas. “É um projeto brilhante, não pode ser interrompido”, afirmou o deputado, depois de lembrar que, em Volta Redonda, cerca de 800 estudantes participaram do processo seletivo.
MATRÍCULAS – Segundo o FOCO REGIONAL apurou, na noite da quarta-feira (3) o Corpo de Bombeiros aceitou matricular os alunos aprovados no processo seletivo. O prazo vai até a próxima terça-feira (9). Esta semana, a Secretaria estadual de Educação informou ao promotor Leonardo Kataoka, da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Volta Redonda, que vai providenciar os professores, porém, não fixou prazo. O plano da secretaria prevê a contratação dos seis profissionais necessários, embora esta solução não seja vista como a ideal pelo corpo docente do colégio, tanto pela demora dos trâmites quanto pelo fato de eles não serem efetivos.