




A atriz francesa Brigitte Bardot, ícone do cinema mundial, morreu neste domingo (28) aos 91 anos. A informação foi confirmada pela Fundação Brigitte Bardot, dedicada à causa animal, que era presidida pela atriz. A causa da morte não foi divulgada.
Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, ela se tornou, ainda jovem, uma das figuras mais reconhecidas do cinema mundial. Seu papel em “E Deus Criou a Mulher” (1956), dirigido por seu então marido Roger Vadim, a consagrou como um símbolo de sensualidade e liberdade que ajudou a moldar a cultura pop da década de 1960.
Ao longo de sua carreira, Bardot estrelou cerca de 50 filmes e também teve atuação como cantora e modelo, tornando-se uma das artistas mais fotografadas e comentadas de sua geração. Nos anos 1960, consolidou seu prestígio artístico com atuações em dois clássicos: “A Verdade” (1960), de Henri-Georges Clouzot, e “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard.
Desde cedo, ela chamou atenção por desafiar convenções sociais: apareceu de biquíni no Festival de Cannes em 1953 e, anos depois, provocou ao comparecer ao Palácio do Eliseu usando calças, em um período em que mulheres eram esperadas em saias ou vestidos em eventos oficiais. A atriz teve quatro maridos: Roger Vadim, Jacques Charrier, o milionário Gunter Sachs e o industrial Bernard d’Ormale, seu companheiro até os últimos dias.
Animais – Bardot se afastou das telas ainda em 1973, aos 38 anos, para dedicar sua vida à causa animal. A Fundação Brigitte Bardot passou a ser referência internacional na luta contra a crueldade e exploração de animais, mobilizando recursos e campanhas em diversos países.
“Tenho muito orgulho da primeira parte da minha vida, que foi um sucesso e que agora me permite ter uma fama mundial, que me ajuda muito na proteção dos animais”, declarou a artista, em 2024, à agência de notícias France Presse.
Em 1964, Brigitte Bardot passou uma temporada no Brasil em busca de anonimato. Após desembarcar no Rio de Janeiro e negociar com a imprensa alguns dias de tranquilidade, seguiu para Armação dos Búzios, então um vilarejo de pescadores sem infraestrutura. Encantada com o isolamento, permaneceu no local por cerca de três meses e retornou no fim do mesmo ano.
Décadas depois, a atriz descreveu a experiência como um período de vida simples, longe dos holofotes. Sua passagem por Búzios teve impacto duradouro: o local ganhou projeção internacional e se transformou em destino turístico.
Em sua homenagem, a cidade criou a Orla Bardot e instalou uma estátua da atriz, que se tornou ponto turístico. Apesar disso, Bardot lamentava as transformações do balneário ao longo dos anos. (Foto: Fundação Brigitte Bardot)