



A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Prioridade Absoluta com o objetivo de reprimir a prática de crimes envolvendo abuso sexual infantojuvenil na rede mundial de computadores. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo seis na cidade do Rio de Janeiro, um em Itatiaia e outro em Magé.
Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva: um foi cumprido no Rio de Janeiro, com o alvo sendo preso por produção de mídias contendo cenas de abuso sexual infantil; e o outro em Angra dos Reis, por estupro de vulnerável.
No curso do cumprimento dos mandados foram realizadas quatro prisões em flagrante. Dois homens foram capturados no Rio de Janeiro: um em Campo Grande, por armazenamento de mídias contendo abuso sexual infantil, e outro em Cosmos, pelo mesmo crime e também por posse ilegal de arma de fogo.
Os outros dois homens foram presos em Magé: um deles por armazenar mídias contendo abuso sexual infantil e portar arma de fogo ilegalmente, e o outro apenas pela posse ilegal de arma.
As diligências são resultado de um esforço coordenado entre a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, e as delegacias de Polícia Federal em Volta Redonda, Angra dos Reis e Niterói, além de contar com apoio da Delegacia de Polícia Federal em Nova Iguaçu.
Embora o termo “pornografia” ainda seja utilizado em nossa legislação (art. 241-E da Lei nº 8.069, de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente) para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional entende que o melhor nessas situações é referir-se a crimes de “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou mesmo “violência sexual de crianças e adolescentes”, pois a nomenclatura ajuda a dar dimensão da violência infligida nas vítimas desses crimes tão devastadores.
Além disso, a Polícia Federal alerta aos pais e aos responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura e acompanhar de perto as atividades online dos jovens são medidas essenciais de proteção. Estar atento a mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo em relação ao uso do celular e do computador, pode ajudar a identificar situações de risco.
A PF destaca ainda que é importante ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, reforçando que podem e devem procurar ajuda. “A prevenção é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas”, ressalta. (Foto: Polícia Federal)