Um lote de ração possivelmente contaminado é apontado como a causa da morte de cavalos que vem ocorrendo em várias regiões do país e que já provocou, no Clube Hípico de Volta Redonda, que funciona na Ilha São João, a morte de pelo menos 11 animais, até a manhã desta quinta-feira (5). A ração, que funciona como um complemento alimentar, seria a responsável pelo quadro de desânimo e alterações hepáticas que estão levando os animais à morte. Na quarta-feira (4), o governo proibiu do produto fabricado pela Nutratta Nutrição Animal, até que a causa da intoxicação seja esclarecida, pois mortes veem sendo registradas em várias regiões do país. O Ministério da Agricultura e Pecuária determinou o recolhimento da ração.
O presidente da Fundação Beatriz Gama (FBG), Vitor Hugo de Oliveira, que faz parte do clube e tem um cavalo na Ilha São João, disse ao Foco Regional, jornal parceiro do Informa Cidade, que o animal particular dele é um dos intoxicados. Segundo ele, esta espécie de ração há algum tempo vinha sendo administrada para os equinos como forma de substituir a silagem de milho e o capim.
Segundo ele, a suspeita é que alguns lotes do suplemento tenham vindo com algum componente da ração feita para bovinos, mas que os cavalos não conseguem digerir. “O animal para de se alimentar e logo fica prostrado”, disse Vitor Hugo. O presidente da FBG – que mantém a Escola de Hipismo de Volta Redonda – disse que os animais usados nas competições não se alimentam deste tipo de ração. A escolinha conta com 14 cavalos.
Há pelo menos cinco veterinários na Ilha São João, que Vitor Hugo definiu como “um hospital veterinário a céu aberto” no início da tarde. No clube eram criados cerca de 60 cavalos. Até o momento desta publicação, a empresa responsável pelo produto não havia se manifestado. O posicionamento da Nutratta será divulgado se ela se manifestar. (Foto ilustrativa / Reprodução de TV)