




A carruagem amarela e preta do Volta Redonda na Série B deste ano virou abóbora na noite da segunda-feira (10). O o time teve seu rebaixamento para a Série C definido na vitória do Botafogo-SP sobre o Amazonas por 1 a 0. Foi uma das maiores frustrações da torcida do Esquadrão de Aço que, após o título da terceira divisão, no ano passado, sonhava ao menos se manter na segundona – algo considerado fundamental para aumentar justamente o apoio da cidade ao time que leva seu nome.
Isso não aconteceu e, na tarde desta terça-feira (11), coube ao vice-presidente do clube, Flávio Horta Jr., fazer uma avaliação do desempenho decepcionante da equipe. Em entrevista coletiva na sede do Voltaço, ele apresentou um pedido de desculpas, já que o principal objetivo não foi alcançado. Apesar disso, afirmou ter a convicção de que estava “fazendo o melhor” para o clube. Também se dizendo frustrado, o dirigente apontou que o objetivo agora é “voltar o quanto antes à Série B”.
Horta Jr. disse que o rebaixamento foi resultado de um conjunto de fatores. Ele citou, no entanto, um que considerou especial para a queda de rendimento do time, que foi a saída dos jogadores Gabriel Bahia, Robinho e Pierre durante a competição.
O vice-presidente também considera que a Série B trouxe importantes ensinamentos, entre os quais evitar o excesso de jogadores, embora, na sua opinião, não tenha este um fator fundamental para o rebaixamento. Segundo Horta Jr., houve um pedido da comissão técnica de três jogadores para cada posição.
Insistência com treinador – Na coletiva, o dirigente confirmou que o técnico Rogério Corrêa deixará o clube. Por sinal, a permanência do treinador no cargo, mesmo com o time passando a maior parte da competição na zona de rebaixamento e se afundando cada vez mais, foi explicada por ele.
“A gente tinha a convicção de que ele era o melhor profissional para conduzir o grupo que montamos. O Paysandu trocou de técnico três vezes e também está rebaixado. Outros times que serão rebaixados também trocaram de treinador, o que mostra que a troca de técnico não é fórmula de sucesso”, afirmou, elogiando Rogério e minimizando as críticas feitas pelo treinador em relação ao clube e comportamento de alguns atletas ao longo da disputa.
Sobre o substituto, ele disse que o clube seguirá na linha de não buscar medalhões. Adiantou, ainda, que deseja um aproveitamento maior de jogadores da base no próximo ano. Também adiantou haver interesse na permanência do auxiliar técnico Diogo Siston.
Sobre as queixas dos torcedores, Flávio Horta Jr. disse não se sentir incomodado. “A cobrança é normal. Somos vítimas do próprio sucesso”, avaliou, reforçando a confiança de que o time não demorará a retornar à Série B.
Em 2026, ano de seu cinquentenário, o Volta Redonda disputará o Carioca, a Série C, a Copa Sul-Sudeste, a Copa do Brasil e a Copa Rio. O time ainda faz neste mês os dois jogos restantes da Série B: no sábado (15), recebe a Chapecoense no Raulino e fecha o ano diante do Vila Nova, no dia 23, em Goiás.
De acordo com o dirigente, além de um novo treinador, o clube já estuda a renovação com jogadores que foram bem, apesar do rebaixamento, e a busca por reforços. Pedindo que a torcida continue acreditando no time, ele assegurou: “Nosso 2026 já começou”. (Imagem: Reprodução)