A cena de um cavalo que morreu por intoxicação provocada por uma ração possivelmente contaminada da empresa Nutratta, na Ilha São João, em Volta Redonda, está gerando comoção entre os moradores da cidade. O vídeo (veja no fim da matéria) foi compartilhado pela advogada previdenciarista Grazielle Granato nesta sexta-feira (13) num tom de desolação, mágoa, repúdio e indignação. No último dia 5, uma reportagem divulgada pelo portal relatava sobre “operação de guerra” montada no Clube Hípico de Volta Redonda, na Ilha São João, já que naquele momento quase 10 mortes já haviam sido confirmadas, com veterinários submetendo os cavalos a exames para tentar soluções que evitassem mais perdas até então.
“Depois de muita luta nós perdemos ele. Mais uma vítima. Essas lágrimas eu nunca vou esquecer, a gente tinha tantos planos para você. Hoje ele perdeu a coordenação e caiu batendo a cabeça por isso machucou. Vocês não tem noção do quanto é triste perde um animal saudável, muito bem cuidado e amado. Não tenha dúvidas de que as medidas judiciais cabíveis serão tomadas”, escreveu Graziele, em uma sequência de stories. Na postagem com o vídeo, Graziele destacou o quão especial era o cavalo que atendia pelo nome de Bruce.
“Bruce era um cavalo especial, querido pelas crianças, símbolo e afeto e confiança. Sua perda não representa um prejuízo financeiro. É uma dor profunda, um luto que atinge o coração de quem ama e cuida. Não é só a gente. Milhares de criadores estão passando por isso. Tudo por conta da negligência de uma empresa que distribuiu rações contaminadas. Nada repara essa dor, mas é preciso responsabilizar os culpados”, lamentou.
A médica veterinária Alessandra Ribeiro Lucena explicou na época da reportagem que ainda não existe um tratamento eficaz de cura: “Estamos numa batalha para tentar identificar os equinos que ainda não estão apresentando sintomas claros, com exames para começarmos uma terapia de suporte para tentar salvar. O índice de mortalidade está muito alto”, frisou a veterinária. Os animais começaram a comer a ração, da marca Nutratta, em abril, e adoeceram nas últimas semanas. Ela acredita que a ração continha algum componente utilizado na complementação alimentar de bovinos, “mas que, para o cavalo, é altamente tóxico”. No Clube Hípico estão animais que podem custar de R$ 20 mil até R$ 300 mil, segundo associados. Mas não é a perda financeira o motivo da angústia e, sim, o valor sentimental que cavalos e éguas passam a ter, sobretudo para crianças.
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