A Casa da Criança e do Adolescente de Volta Redonda faz um trabalho de reintrodução de jovens vítimas de abusos, violência doméstica e risco social há 24 anos. Localizada na Rua 21, no bairro Vila Santa Cecília, no local atende-se 24 municípios da Região Médio Paraíba. Através de muita competência, amor, atenção e, acima de tudo, profissionalismo e seriedade, os profissionais da organização conseguem implantar suas ideias que transformam a vida de crianças e adolescentes que chegam ao local sem perspectiva alguma.
“São crianças que são encaminhadas pelo Conselho Tutelar, pela Promotoria e pelo Juizado de Menores, vítimas de uma suposta violência ou um suposto abuso”, conta Fran Ribeiro, coordenadora da organização em Volta Redonda. Segundo ela, a Casa da Criança e do Adolescente conta com uma equipe multidisciplinar de psicólogos, assistente social e advogado, que fazem um diagnóstico da suposta violência ou suposto abuso.
“Depois, eles são levados ao órgão de destino. Neste momento, com a pandemia de Covid-19, estamos fazendo o trabalho de home office, conforme as pessoas podem acompanhar pelo nosso Instagram e Facebook. Nós tínhamos um convênio com a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), mas esse convênio foi até 9 de setembro. Hoje, infelizmente estamos sem parcerias”, lamentou.
De acordo com Fran, esse convênio existia desde 2009 e era voltado para o Programa Cuidar, que trata das crianças vítimas de violência. “Neste programa, há profissionais da área de psicologia, assistência social, psicopedagogia, fonoaudiologia e terapia de família. Muitos tem problemas de fala, problemas de aprendizado, e muitos precisam de trabalhar a família. Por isso o nome “terapia de família”. Não adianta trabalhar somente as crianças. O problema precisa ser solucionado na raiz”, ressaltou.
A Casa da Criança e do Adolescente fornece café da manhã, almoço, lanche da tarde, reforço escolar, aulas de taekwondo, de violão, violino, entre outras ações, que são voltadas para a saúde.
Programas
Um dos programas da Casa da Criança e do Adolescente é o Curumim, que atende 315 crianças. “Destes, 120 estão no bairro 249, onde o trabalho acontece no pátio da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, e 195 crianças no Ciep do bairro Volta Grande”, informou Fran.
Além disso, a organização conta com 65 crianças deficientes fazendo convivência. Outras 316 crianças são atendidas no programa “Cuidar”, 300 estão no “Apoio a Família”, 260 na “Arca”, e 80 no “Íris”.
Advogada destaca trabalho e lamenta falta de apoio do município
A advogada Tamires Freitas, da comissão de direitos da criança e do adolescente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Volta Redonda, elogiou o trabalho feito dentro da organização. “É um trabalho lindo, mas que infelizmente ainda não é devidamente reconhecido e valorizado. Se mais pessoas soubessem como é feito esse trabalho, talvez essa situação melhoraria. O município deveria ser mais presente e deveria dar mais apoio à organização”, cobrou.
Perfil nas redes
Facebook: https://www.facebook.com/CasadaCriancaedoAdolescenteOficial/?ref=page_internal
Instagram: @casadacriancaedoadolescente
Fotos – Divulgação