Médicos do Hospital São João Batista, junto com os advogados que representam a classe, estiveram na manhã desta sexta-feira (17), nas rádios 88 FM, 96,1 FM e 1390 AM, informando que irão paralisar parcialmente os serviços na próxima segunda-feira (20), já que até o momento desta publicação, ainda não haviam chegado em acordo com a Organização Social que assumiu o hospital no dia 2 de dezembro do ano passado.
Na entrevista no Programa Dário de Paula (96,1 FM e 1390 AM), ficou claro que a discussão ainda será grande. Além de faltar o acerto com a Organização Social, os próprios médicos não chegaram num consenso já que alguns querem receber por CLT e outros por PJ.
Durante a entrevista, o Secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, se colocou disponível para ser o elo entra a Organização Social e os médicos, se comprometeu inclusive, a transferir o gabinete dele, pra dentro do Hospital São João Batista ainda nesta sexta-feira. Durante a paralisação marcada pra próxima segunda, os serviços emergências continuarão a funcionar.
Para assistir a entrevista inteira, clique AQUI (começa às 2h48 da transmissão)
Abaixo, o que os médicos do hospital esclareceram (segundo eles) em comunicado:
1) Não se trata de um movimento político.
2) A regularização da contratação por RPA, não foi resolvida para a classe médica. A contratação por pessoa jurídica (PJ) não garante direitos trabalhistas.
3) Após inúmeras reuniões com a OS (Organização Social) AFNE e com o prefeito, foram feitas promessas mas falta concretização sobre a política salarial.
4) A classe não tem e continuará a não ter quaisquer direitos trabalhistas (férias, 13º salário, FGTS).
5) Faltam insumos e equipe compatível com o tamanho e complexidade do Hospital São João Batista. É um grande equívoco, submeter o mesmo edital e tipo de contrato à dois hospitais municipais (HSJB e HMMR) de complexidades e características completamente diferentes na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
6) Alegam faltar clareza sobre os serviços que serão prestados no hospital.
7) Faltam especialistas no hospital devido a todos problemas que estão enfrentando (muitos teriam deixado o corpo clínico).
8) Atrasos constantes de salário.