A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) de Volta Redonda está realizando, desde a quinta-feira (6), as matrículas para os cursos de Libras (Língua Brasileira de Sinais) oferecidos de forma gratuita com a Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda) e um centro universitário. Estarão sendo matriculados, até esta sexta-feira (7) os inscritos para os cursos dos níveis Intermediário, Avançado e de Capacitação de Intérpretes; e os interessados nos cursos de nível Básico 1 e 2.
Segundo a subsecretária da Pessoa com Deficiência, Eliete Guedes, quase 900 pessoas se inscreveram para os cursos, com grande procura, em especial, para os níveis Básico 1 e 2. No caso dos inscritos para a classe Intermediária, os que possuem diploma do nível Básico realizado fora dos cursos da SMPD precisam passar por uma entrevista para avaliar se estão qualificados ou se precisam fazer novamente as classes básicas. “Tivemos uma procura muito grande e, dependendo do total de matriculados, vamos tentar contratar professores de Libras para abrir novas turmas”, informou Eliete.
Horários – Os cursos contemplam o maior número possível de horários, com as aulas acontecendo no campus Aterrado do UGB ou no Colégio Professora Delce Horta Delgado, no mesmo bairro. Para as turmas dos níveis Básico, por exemplo, serão oito turmas, todas com 35 alunos: cinco delas serão à noite, de segunda a sexta-feira; outras duas serão na sexta-feira – uma pela manhã e outra à tarde; e a última delas no sábado de manhã.
Também com 35 alunos, o nível Intermediário terá três turmas: uma na terça à noite, e duas na sexta-feira, pela manhã e à noite. A classe do nível Avançado terá aulas na sexta à tarde, para 35 matriculados; já a turma do nível de Capacitação terá 20 alunos, com aulas nas sextas-feiras à tarde. A SMPD ainda vai definir o início das aulas, que terão três horas de duração e devem se estender por todo o ano.
“Quem passar por todos os níveis será considerado apto a ser um profissional intérprete de Libras. E precisamos de profissionais qualificados na cidade. Além de ser uma oportunidade de emprego, vai ajudar muito na comunicação das pessoas surdas, que, dependendo da situação, encontram muitas dificuldades para se fazerem entender”, diz Eliete, acrescentando que a Libras é considerada a segunda língua mais utilizada para comunicação no país.
Uma das professoras dos cursos, Juliane Brizola, conta que já passou pela situação de receber uma medicação errada devido à dificuldade na comunicação. “Nós precisamos nos comunicar em todos os lugares, às vezes em uma situação de emergência. Queremos viver normalmente em sociedade, como todos.”
O secretário da Pessoa com Deficiência, Washington Uchôa, lembra que essa realidade é vivenciada todos os dias por quem está em contato com essa parcela da população. “Por isso buscamos investir na capacitação desses intérpretes e, graças a essas parcerias, estamos avançando para que Volta Redonda seja uma cidade mais inclusiva”, declarou. (Foto: Divulgação / Geraldo Gonçalves)