Depois de oito dias acampadas na Praça Sávio Gama, no Aterrado, em frente ao Palácio 17 de Julho, sede do governo de Volta Redonda, cerca de 200 pessoas desalojadas de um terreno nos limites da cidade com Barra Mansa iniciaram na noite desta sexta-feira (4) a desmontagem das barracas em que estavam abrigadas. Até o momento desta publicação, eles não informaram o motivo de desistirem de permanecer na praça e nem para onde iriam.
Esta semana, a prefeitura fez uma proposta aos sem-teto de providenciar aluguel social para os que se encaixem nas condições do programa, fornecimento de cestas básicas e providenciar emprego para cerca de 40 pessoas, moradores de Volta Redonda, que são consideradas arrimos de família. Os números, no entanto, ainda dependem de ser fechados a partir de uma depuração do cadastro, realizado pela Secretaria Municipal de Ação Comunitária ainda na área de terra que as famílias foram obrigadas a desocupar, no último dia 27, por decisão judicial.
A proposta foi feita pelo governo municipal depois de reuniões com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e da Igreja Católica. A aceitação do que foi proposto teria contando com a aprovação do bispo da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Luiz Henrique, que se colocou à disposição para intermediar as negociações.
Mais informações sobre a saída das sem-teto, que, há seis meses, ocuparam um terreno que serviu de depósito da fábrica de cimento Tupi, estão sendo apuradas. Na área, de cerca de 60 hectares, eles chegaram a demarcar lotes e iniciaram a construção de barracos, mas deixaram o local sem resistência ao serem notificados sobre a ordem de reintegração de posse assinada por uma juíza de Barra Mansa.