A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Polícia Federal (PF) estão investigando uma série de postagens relatando uma suposta venda de vacinas contra o novo coronavírus, em Madureira, Zona Norte do Rio.
Ofertado por R$ 50, com R$ 10 adicionais para aplicação, o produto aparece, nas redes sociais, na mão de uma pessoa segurando uma embalagem da vacina produzida pelo Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, parte do Grupo Nacional Biotec da China (CNBG, na sigla em inglês), do Grupo Nacional Farmacêutico chinês (Sinopharm). Portanto, o produto é de um laboratório diferente daquele que fez tratos com o Brasil. A vacina referente às pesquisas realizadas no Instituto Butantan, em São Paulo, é a CoronaVac, do laboratório Sinovac Biotech.
Jones MFjay, autor de uma publicação, admitiu ter feito o post mais para brincar com algo inusitado que teria testemunhado do que realmente levantar suspeitas de um crime. Relatos contam que o produto é também vendido em Bangu, na Zona Oeste, e em Alcântara, em São Gonçalo, Região Metropolitana.
“Em relação às ações, a questão está sendo investigada pela Anvisa e pela Polícia Federal”, informou a agência reguladora, acrescentando não poder por enquanto oferecer mais detalhes sobre o caso.
“De toda forma podemos adiantar que qualquer comercialização ou aplicação de vacina de Covid-19 hoje no Brasil é atividade irregular e oriunda de falsificação, pois não há vacinas autorizadas no Brasil ainda”, destacou. “As vacinas que foram importadas estão com as instituições de pesquisa e somente os voluntários selecionados para as pesquisa puderam ser vacinados. Ainda assim, a vacina da Sinopharm não tem pesquisa no Brasil e por isso não entrou no país”.
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