Cláudio Kozlowski Viana, o “Claudinho Valente”, de 30 anos, que desapareceu na manhã da sexta-feira (28), e foi encontrado na Basílica em Aparecida/SP na segunda-feira (01), estava numa Romaria.
Quando Claudinho desapareceu, no bairro Aterrado em Volta Redonda, muitas pessoas se mobilizaram para encontrá-lo, e chegaram a pensar que algo de ruim tivesse acontecido. Seu pai, ex-prefeito de Miguel Pereira, Cláudio Valente, registrou o caso na delegacia e contou, com felicidade, que Claudinho foi encontrado na segunda-feira sujo, desidratado e assustado.
O mistério do desaparecimento de Claudinho terminou nesta quarta-feira (03), quando o mesmo se manifestou nas Redes Sociais. Claudinho escreveu que estava numa Romaria, e contou que errou em não avisar a família: “Queridos amigos! Quero esclarecer o que houve neste final de semana. Motivado por forte pressão e cobranças pessoais por algumas frustrações e decepções, decidi um afastamento temporário das pessoas e das redes sociais conhecidas, para reflexão e decisões.
Para isto precisava estar só. Sem tecnologia por uns dias. Queria apenas a companhia de Deus. Tomei conhecimento de uma romaria que sairia de São José dos Campos até a Basílica de Nossa Senhora da Aparecida.
Fui até a rodoviária e fui para aquela cidade. Chegando lá comecei a caminhada, conhecendo alguns pontos turísticos e apreciando algumas paisagens, rumo ao santuário de Nossa Senhora Aparecida. Foram quase 90km de muitas reflexões, agradecimentos, orações e muita paz. Consegui até ler um livro, algo que não fazia há muito tempo.
Ao longo do percurso, tive a certeza de como Deus é bom em minha vida, como sou abençoado e, sem sombra de dúvida, sou iluminado. Tenho uma família incrível e estou sempre rodeado de pessoas que me amam. A todo instante tive a certeza de que esta ação estava me engrandecendo como pessoa, ao tempo que diminuíam as frustrações e decepções. Quando cheguei em meu destino, fui inesperadamente recebido com muita emoção e afeto por minha família, quando fui surpreendido com a proporção que esta minha exclusão social temporária ocasionou.
O meu erro foi não ter comunicado a ninguém a minha decisão. Temia que fosse impedido pelos familiares e amigos mais próximos de executar meu projeto.
Fui trazido para o hospital, pois meu condicionamento físico nada em forma fez com que meu corpo apresenta-se sinais de desidratação e grave fadiga muscular, além de grandes bolhas nos pés. Mas nada que dois ou três dias de repouso e umas medicações não resolvam. Peço desculpas pelo transtorno causado. Não era a minha intenção. Agradeço de coração cada mensagem e cada ação de apoio e carinho. Eu não fazia ideia de como sou amado. Obrigado pela compreensão”.