Comerciantes e comerciários de Volta Redonda se reuniram em manifestação na manhã desta quarta-feira (8), na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho, no bairro Aterrado. Eles marcharam até o local gritando palavras de ordem contra o prefeito Samuca.
Os donos e funcionários do comércio pedem já a reabertura das lojas, que ficaram fechadas na semana passada por decisão do prefeito Samuca Silva, após a interrupção de recebimento de pacientes pelo Hospital Regional Zilda Arns, e nessa semana, devido a um acordo judicial entre a prefeitura e o Ministério Público, que interrompe a flexibilização das atividades comerciais e sociais na cidade, enquanto os leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), estiverem com mais de 50% de ocupação.
Em uma mensagem disparada através de um aplicativo de mensagens, os manifestantes escreveram que a única manifestação a imprensa é que eles precisam já da reabertura do comércio, e que não são culpados do não atendimento do Hospital Regional.
Na noite da terça-feira (7), o prefeito de Volta Redonda Samuca Silva informou, que vai pedir à Justiça a antecipação da reabertura do comércio, prevista apenas para a próxima segunda-feira (13). Em live numa rede social, ele explicou que autorizou a PGM (Procuradoria Geral do Município) a fazer o pedido depois que o Hinja se dispôs a emprestar à prefeitura 10 leitos de UTI para aumentar a capacidade de atendimento de casos de Covid-19. Esses leitos serão instalados no Hospital de Campanha, no estádio Raulino de Oliveira.
Com isso, o número de leitos de UTI destinados a Covid-19 aumentará de 27 para 37. Segundo Samuca, a previsão é de que até a próxima segunda-feira os leitos emprestados pelo hospital particular já estejam instalados na rede pública. Assim, serão 19 leitos no Hospital São João Batista, 9 no Hospital do Retiro e os 10 no Hospital de Campanha.
O prefeito frisou, no entanto, que a antecipação da reabertura depende da autorização judicial. “Não é automático, tem que haver a manifestação judicial”, ressaltou.
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