A decisão foi tomada nesta terça-feira (5), numa reunião organizada pela Conmebol que durou cerca de cinco horas, da qual participaram os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do River Plate, Rodolfo D’Onofrio. Também estavam no encontro os presidentes da CBF, Rogério Caboclo, e da AFA, Claudio Tapia. As informações foram divulgadas pelo site do Globo Esporte.
O jogo estava inicialmente previsto para o Estádio Nacional, no dia 23, em Santiago. Mas os protestos que abalam o Chile há mais de três semanas tornaram impossível que o jogo ocorresse no local agendado.
Em conjunto, a Conmebol e os clubes não quiseram correr os riscos de manter o jogo na capital chilena, e nem expor torcedores e patrocinadores a situações de perigo.
O fato do futebol chileno estar paralisado há mais de três semanas, também pesou. O futebol está paralisado desde quando começaram os protestos. Na véspera da reunião na Conmebol, o prefeito de Santiago, Felipe Guevara, declarou que não faria sentido organizar uma partida internacional antes da retomada do futebol local.
Nesta sexta-feira, um amistoso entre as seleções de Chile e Bolívia, que estava previsto para o dia 15 de novembro em Concepción, também foi cancelado.
A postura da Conmebol sobre a situação do Chile foi mudando ao longo das últimas semanas. Quando os protestos começaram, a confederação avaliou – com base nas informações que recebia do governo chileno – que tudo se acalmaria até a decisão da Libertadores.
Na semana passada, com o cancelamento da COP-25 (Conferência do Clima) e da APEC (Cúpula da Aliança Ásia-Pacífico), o sinal amarelo acendeu na Conmebol. Ainda assim, depois de novas conversas com as autoridades do Chile, decidiram manter o jogo em Santiago. A ministra do Esporte chilena, Cecília Perez, chegou a bancar a realização do jogo em uma entrevista coletiva.
Nesta semana, a temperatura subiu e não restou opção a não ser tirar o jogo do Chile. Na tarde de segunda-feira, uma reunião por telefone entre os presidentes da Conmebol, CBF e AFA, ficou claro que não haveria condições para manter a partida em Santiago. Ainda faltava ouvir a posição dos clubes. Por isso Landim e D’Onofrio foram convocados para a reunião desta terça em Assunção, quando o martelo foi batido.