O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre nesta quarta-feira (17) dois mandados de prisão preventiva contra acusados de fraudes na compra de respiradores pulmonares no estado. Além disso, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio e de Brasília, em mais uma etapa da operação Mercadores do Caos.
De acordo com o MPRJ, foram gastos R$ 18 milhões na compara desses equipamentos, usados no tratamento de pacientes com covid-19 em estado grave. Segundo as investigações, os respiradores foram comprados de forma emergencial, sem licitação.
Além disso, passados dois meses da data prevista para a chegada dos equipamentos, nenhum respirador foi entregue pelas empresas e nem o dinheiro foi devolvido aos cofres públicos, segundo o Ministério Público.
Carlos Frederico Verçosa Duboc, superintendente de Orçamento e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde, foi preso. Assim como o empresário Anderson Bezerra.
Duboc foi preso em casa, em Pendotiba, Niterói. Servidor do Município do Rio cedido ao estado desde janeiro de 2019, ele respondia a Edmar Santos — secretário de Saúde exonerado pelo governador Wilson Witzel, diante das irregularidades — e foi mantido na função por Fernando Ferry.
Cabia a Duboc autorizar despesas — incluindo as de dispensas de licitação, como foi o caso dos respiradores. Bezerra foi preso no Andaraí, na Zona Norte do Rio.
Foto – Rogério Santana/Agência Brasil