O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência, a Subsecretaria de Inteligência e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar, deflagrou nesta quarta-feira (24) a “Operação Mercans”, para cumprir dez mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão contra traficantes que atuam em Volta Redonda, Angra dos Reis e Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Angra dos Reis.
De acordo com a denúncia, a investigação identificou que os 38 denunciados são vinculados a uma facção criminosa voltada para o tráfico de drogas no Parque Mambucaba (antigo Perequê), em Angra. Através de monitoramento autorizado pela Justiça, foi possível verificar que além da venda ilegal de drogas, o grupo criminoso realiza transporte de armas, pratica homicídios e extorsões, além de envolver menores de idade em suas práticas ilegais.
A denúncia é dividida em núcleos de atuação, com base principal para comercialização da droga em Angra dos Reis, mas com atuação integrada aos núcleos de Belford Roxo e Volta Redonda. Segundo o MPRJ, foram identificados como líderes os denunciados Luiz Gustavo da Silva Rosa, o “Bicheiro”, e Wildiner Romero Barbosa, o “Barriga).
Sob a ordem deles, de acordo com a denúncia, atuam sete gerentes do tráfico, que têm por função principal a recepção e o repasse de drogas, armas, munições e qualquer material ilícito determinado pelos líderes. A denúncia aponta que os gerentes, por sua vez, contam com o auxílio dos demais denunciados para funções como o recebimento e a ocultação de entorpecentes e demais materiais ilícitos, a distribuição do material junto aos demais integrantes e o recebimento de valores obtidos com a venda de drogas, entre outras tarefas.
Diante do apurado, o MPRJ ofereceu denúncia, contra os integrantes identificados, pelo crime de associação para prática de tráfico de drogas, majorado pelo emprego de violência, grave ameaça e emprego de arma de fogo como forma de intimidação coletiva e por envolver ou atingir criança e adolescente.
Foram expedidos, ainda, pela Auditoria de Justiça Militar, mandados de busca e apreensão contra policiais militares investigados por agirem de forma conivente com a referida associação. As informações são da assessoria de imprensa do MPRJ.
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