Parentes e amigos do menino Davi Guilherme Aniceto, de 13 anos, que morreu atropelado na BR-393 na última sexta-feira (25), realizaram na manhã deste sábado (2) um ato no local onde ocorreu o atropelamento, no Jardim Amália II, em Volta Redonda. A finalidade foi chamar a atenção para a segurança dos pedestres no trânsito.
Eles chamaram a manifestação de “Movimento Pequeno Príncipe”. Munidos de faixas e cartazes, eles exibiram pedidos para que os motoristas respeitem os pedestres e o fim da impunidade no trânsito.
Um carro de som foi usado para explicar o ato. Também foi colhido um abaixo-assinado para reinvindicar a extensão da passarela de pedestres que liga a Vila Americana ao Jardim Amália II sobre a rodovia e a instalação de uma faixa de pedestre elevada, que obrigue os condutores de veículos a reduzir a velocidade.
Davi estava a caminho da escola, no Jardim Tiradentes, quando foi atropelado na faixa de pedestres. Ele morreu pouco depois de ser levado ao Hospital São João Batista. Cerca de 30 pessoas participaram da manifestação. As faixas e cartazes foram exibidas no meio da pista, quando o sinal fechava e nas margens da estrada.
– Ele foi atropelado na faixa de pedestres. Só Deus sabe como estou me sentindo. Eu mesma já quase fui atropelada duas vezes, numa delas quando estava grávida – disse Luciana, mãe de Davi.
Durante o movimento, uma prova da irresponsabilidade: uma carreta avançou o sinal. Por sorte, nenhuma pessoa tinha se colocado na pista naquele momento. Em seguida foi a vez de um carro de passeio, justamente no momento em que chegava uma guarda municipal.
Ela pediu aos manifestantes apenas que não bloqueassem o trânsito na rodovia e passou a sinalizar para que os participantes do ato não sofressem risco de atropelamento, como havia acabado de acontecer. Mesmo assim, o motorista de um Peugeot por pouco não avançou o sinal… Só parou quando a guarda apitou.
– Minha mulher só não viu o atropelamento porque o mato escondeu – contou Wesley, pai de Davi. Segundo ele, o menino foi lançado a mais de 20 metros com o impacto da batida.
O casal tem uma filha de pouco mais de um ano, que, segundo os pais, era muito apegada ao irmão.