Maria Cristina José Soares, de 56 anos, professora que morreu atropelada pelo jogador de futebol Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, será velada e cremada às 16 horas desta sexta-feira (8), no Crematório e Cemitério da Penitência, na capela Ecumênica 1.
A cerimônia de despedida será restrita aos amigos e familiares. Segundo a família, a professora manifestou ainda em vida a vontade de ser cremada. Um pedido de liminar no Tribunal de Justiça já foi feito.
Ela faleceu na terça-feira (5) e foi atropelada junto ao marido Alexandre Silva Lima, de 44 anos, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O casal estava junto há 12 anos e em janeiro do ano passado oficializou no cartório união estável.
Quem dirigia o carro, Mini Cooper, que atingiu o casal, era Marcinho, ex-lateral do Botafogo. Em depoimento na segunda-feira (4), ele afirmou que dirigia o carro, mas disse que estava há 60 quilômetros por hora. No entanto, a Polícia Civil já adiantou ter indícios que Marcinho trafegava em uma velocidade maior.
A causa da morte de Alexandre foi traumatismo craniano, traumatismo do tórax e traumatismo do abdômen com hemorragia interna. O exame descreve que o corpo apresentava ainda fratura dos cotovelos, do fêmur direito, do joelho esquerdo e da coluna cervical. Também foram constatadas escoriações no rosto e laceração de fígado e de baço. Ele morreu na hora.
Uma testemunha contou que ele ficou preso no carro até se desprender e cair no chão. A testemunha disse que o carro ainda passou por cima dele. Já Maria Cristina teve como causa da morte traumatismo do tórax e de membros inferiores, este último com uma complicação causada por uma infecção. Além disto, ela também sofreu fraturas nas costas, do fêmur direito e esquerdo, em uma das tíbias e no tornozelo direito.
A defesa de Marcinho alegou que ele não socorreu as vítimas por temer ser linchado, já que algumas pessoas teriam se aglomerado em torno do carro, logo após o acidente. Ele negou ter ingerido bebida alcoólica.