O Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetau) convocou na manhã desta terça-feira (12) uma assembleia que contou com a participação de 350 operários da fábrica de Ford de Taubaté. Os operários decidiram fazer vigílias nas portas da planta até que a montadora decida negociar com a entidade uma eventual reversão das demissões. Uma reunião com o governador Doria está sendo planejada com o objetivo de fazer pressão sobre a multinacional.
Na segunda-feira (11), a Ford anunciou o fim da produção de veículos no país. Apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o campo de provas e sua sede administrativa para a América do Sul, ambos em São Paulo, serão mantidos.
O número de funcionários afetados com o encerramento da produção não foi informado. Assim que terminarem os estoques, os modelos nacionais terão suas vendas interrompidas. A partir disso, os veículos comercializados no mercado brasileiro passarão a ser importados, principalmente das unidades de Argentina e Uruguai, além de outras regiões fora da América do Sul.
Serão fechadas imediatamente as fábricas de Camaçari (BA), que produzia Ka e EcoSport, e Taubaté (SP), que fabrica motores e transmissões, reduzindo a produção às peças para estoques de pós-venda.