A Câmara dos Deputados aprovou no final da noite da terça-feira (06), em segundo turno, o texto principal da reforma da Previdência. O placar foi de 370 votos a favor, 124 contra e 1 abstenção. Eram necessários pelo menos 308 votos para aprovar o texto, e mais uma vez, com folga, ele foi aprovado. O presidente da casa, Rodrigo Maia, teve mais uma vez, grande influência na articulação para a expressiva votação.
O texto ainda pode ser alterado em alguns pontos, pois a câmara ainda deve votar os destaques, que servem para alterar ou não, pontos do texto. Eles precisam ter, também, 308 votos para conseguir mudar o projeto.
Foram mais de 6 horas de discussões. Antes, a maioria dos deputados aceitou acelerar a votação, derrubando a necessidade de se cumprir um intervalo mínimo de cinco sessões entre as votações do primeiro e segundo turnos. Os deputados também derrubaram um pedido da oposição para tirar a proposta da pauta, e aprovaram um requerimento para encerrar as discussões e partir para a votação.
Todos os deputados da região Sul Fluminense votaram a favor da reforma. Eles são: Vinicius Farah, Antônio Furtado, Alexandre Serfiotis e Luiz Antônio Corrêa.
No início de julho, antes do recesso parlamentar, a proposta foi aprovada em primeiro turno com larga vantagem (379 votos a 131), mas sofreu algumas alterações importantes em relação ao texto original sugerido pelo governo, que reduziram o valor a ser economizado em 10 anos de R$ 1,236 trilhão para R$ 933 bilhões, segundo a equipe econômica.
Agora, a proposta segue para o Senado, onde passará pela Comissão de Constituição e Justiça. Em seguida, vai ao plenário do Senado, onde também precisa ser aprovado em dois turnos, com 49 votos em cada, ou 3/5 dos senadores.
Se o Senado aprovar o texto da Câmara sem mudanças, ele é promulgado pelo Congresso e vira uma emenda à Constituição. Caso apenas uma parte seja aprovada pelo Senado, ela será promulgada, e o que foi mudado volta para a Câmara para ser analisado. O Senado pode, ainda, aprovar um texto diferente. Se isso acontecer, ele volta para a Câmara.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil