Em dezembro do ano passado, em pronunciamento feito durante o lançamento da base Vila Isabel/Grajaú do programa Segurança Presente, o governador Wilson Witzel disse que o primeiro presídio vertical do Rio vai ser construído em Volta Redonda. Na ocasião, Witzel havia informado que a intenção é que sejam construídos entre cinco e 10 presídios verticais, criando assim, 50 mil novas vagas no sistema prisional.
Vereador fala sobre construção de presídio na cidade
Para o vereador Neném, a construção ou não de um presídio em Volta Redonda deve ser discutida com toda a sociedade.
– As péssimas condições da segurança pública em nossa cidade não deixam dúvidas de que essa não é uma decisão para ser tomada em um gabinete, anunciada em um jornal da capital. Temos de saber, por exemplo, a localização, se haverá contrapartida em alguma instância. Da forma como foi anunciada, sem prévio aviso à nossa sociedade, já me coloco totalmente contra esse novo presídio. Lembrando que Volta Redonda já deu sua contribuição para amenizar os problemas da superpopulação carcerária do estado, com a Casa de Custódia e uma unidade do Degase. Antes do debate, nada de presídio. Queremos é a redução no número de assassinatos, do número de roubos, de assaltos e de tantos crimes que tornam nosso dia a dia mais inseguro -, disse em nota.
Granato defende que a sociedade seja ouvida sobre construção de presídio
O vereador Granato defendeu a realização de uma consulta prévia à população de Volta Redonda quanto a construção de um presídio vertical na cidade, conforme anúncio feito pelo governador do Estado do Rio, Wilson Witzel, em dezembro do ano passado e confirmado nesta segunda-feira (2), pelo secretário estadual de Administração Penitenciária, coronel Alexandre Azevedo.
– Este anúncio traz insegurança à população, que fica temerosa pelo aumento da população carcerária na cidade, uma vez que o projeto do Governo do Estado é construir seis prédios com 11 andares para cinco mil presos. Volta Redonda já tem o Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), que abriga menores infratores, tem a Cadeia Pública no Roma e a construção de mais um presídio não pode ser realizada sem que a sociedade seja ouvida e dê seu aval, – explica Granato, que tem acompanhado os fatos e percebe a insatisfação de grande parte dos cidadãos a respeito do projeto do Estado.