A pandemia do novo coronavírus, não trouxe apenas o problema da doença, que já matou mais de 39 mil pessoas no Brasil. Trouxe também outros problemas de saúde, ocasionados pela quarentena e pela falta de atividades físicas, além do caos na parte econômica.
Com quase três meses com estúdios e academias fechados em Volta Redonda, os donos desses estabelecimentos, além dos profissionais da área, estão desesperados pelo retorno – com regras de higiene – das atividades do setor. O primeiro ponto, é que não há mais estrutura pra ficar fechado. “O dinheiro que eu tinha, acabou. Vou ter que fechar o estabelecimento que suei pra abrir”, disse o dono de uma academia que não quis se identificar.
O fechamento desses estabelecimentos, causa uma ruptura no setor, que tem que demitir os profissionais que ali atuam. A matemática é simples: academias e estúdios fechando, é igual a profissionais da área perdendo o emprego.
Ao contrário do que muitos pensam, a maioria do público que procura uma sala de musculação ou um estúdio de ginástica, não está ali pensando na estética, e sim, na saúde. Já está mais que provado, por exemplo, que a atividade física é o único agente preventivo de algumas doenças. Praticar exercícios físicos de forma regular e manter uma alimentação saudável e equilibrada afasta o cidadão do mal que mais afeta o ser humano e que pode trazer riscos à saúde, o sedentarismo. A prática regular de exercícios, também alivia o estresse e pode inclusive, curar uma pessoa depressiva (o que aumentou durante a quarentena, seja pelo ócio, seja pela queda na renda).
Para cada tipo de doença – má circulação, hipertensão, diabetes, depressão, hipotireoidismo, síndrome de Down, síndrome do pânico, escleroses, osteoporose, doenças do aparelho locomotor, entre outras – há uma indicação específica de treinamento.
Pensando na saúde das pessoas, na sobrevivência dos estabelecimentos, na valorização profissional e no emprego dos profissionais do setor, uma carreata ocorreu na tarde desta quarta-feira (10), justamente tratando sobre o tema, solicitando a volta das atividades. Vale lembrar que Volta Redonda cumpre uma decisão judicial, que proíbe o funcionamento do setor durante a pandemia. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entende que o momento não é adequado pro retorno do ramo.
O prefeito de Volta Redonda alegou na terça-feira (9), que pensa diferente. Entrou na justiça com o pedido de retorno de todas atividades em Volta Redonda, incluindo academias. A sobrevivência do setor em Volta Redonda, está, mais uma vez, na mão do Judiciário.
Fotos – Divulgação